Entrevista na Herói

Entrevista super bacana que dei para a galera da Herói: Fomos ao mundo das fadas com Carolina Munhóz.

Link oficial: http://heroi.gameworld.com.br/entrevistas/fomos-ao-mundo-das-fadas-com-carolina-munhoz#.VJTww8APA

_________________________

Ela saiu de São José do Rio Preto, São Paulo, e rapidinho, quase como num conto de fadas, ganhou o mundo!

Conto de fadas, aliás, parece um modo bem adequado de descrever a carreira e história de Carolina Munhóz.

Conceituada escritora best seller e uma das maiores referências em literatura fantástica nacional, recém saída da adolescência a autora já dava seus primeiros passos no mundo editorial.

Para conhecer um pouco mais de sua história e descobrir os detalhes de seu mais recente livro, “O Reino das Vozes que não se Calam”, batemos um papo super legal:

Herói: Poucas pessoas podem se gabar de chegar aos 25 já com quatro livros publicados! Conte pra gente como foi essa jornada. Você sempre quis ser escritora?

Carolina Munhóz: Com 16 anos eu estava passando por uma fase de depressão e após um sonho resolvi começar a escrever. Apenas quando coloquei o ponto final na história é que soube que queria ser escritora para o resto da vida. Hoje me sinto muito feliz de poder viver de literatura e ser escritora em tempo integral.

Deve ter sido interessante amadurecer já inserida mercado editorial. Você acha que a Carolina de hoje é uma autora muito diferente da escritora de A Fada?

Sem dúvidas. Aprendi e cresci muito durante o processo. Esses dias um leitor comentou que meus livros seguem a minha trajetória e percebi que ele tinha razão. Em “A Fada” era a escritora depressiva e solitária tentando se descobrir. No “O Inverno das Fadas” amadureci e mostrei meu lado mulher. Com “Feérica” aprendi a lidar com o mundo da fama e encontrei a felicidade. No “O Reino das Vozes que Não se Calam” me sinto realizada depois de tantas batalhas.

Harry Potter é uma grande parte da sua vida, certo? Como é sua relação com a série? Sua paixão por Hogwarts foi determinante para ingressar no mundo da literatura fantástica?

Um livro salvou a minha vida e esse livro foi Harry Potter. Passava por muitos problemas quando em uma aposta me desafiaram a lê-lo. Sou grata a isso, pois hoje sou quem sou graças à serie. Através de Harry Potter aprendi valores que não estava absorvendo no mundo real e isso modificou a minha trajetória.

Quais outros autores você admira e toma como exemplo? Qual foi o último grande livro que leu e recomenda aos nossos leitores?

Além de J.K. Rowling, tenho o escritor Paulo Coelho como exemplo. Um livro que li recentemente e me marcou foi Cemitérios de Dragões do Raphael Draccon, que estreou comigo a Fantástica Rocco. Outro autor que hoje me espelho e admiro muito.

Como foi trabalhar com a Sophia Abrahão em seu último livro, O Reino das Vozes que não se Calam?

Foi incrível. Ela foi a parceira ideal. Estamos muito felizes com o resultado da obra.

Você já acompanhava o trabalho da Sophia antes do livro? Como surgiu a ideia de escreverem juntas?

Sim! Pelo destino ela era a única atriz que eu seguia no twitter, justamente porque achava o máximo o fato dela ter criado um reino mágico com seus seguidores nas redes sociais. Mas no ano passado a personagem dela em “Amor à Vida” leu um dos meus livros na novela e o contato ficou maior.

Infelizmente, na internet muitas pessoas acabam usando o computador como um escudo para destilar machismo e ofensas. Você é muito presente na web e interage bastante com seus seguidores. Chegou a passar por algum perrengue ou preconceito por ser uma autora tão famosa e visada? Por outro lado, deve ser bem legal contar com o feedback dos fãs, né?

Eu AMO o contato que tenho com os leitores pela internet. Eles se tornaram parte importante da minha vida. Já conheço vários por nome e sempre fico muito feliz de encontrá-los pessoalmente em eventos. É uma relação de carinho que me faz muito bem. Mas claro que existem pontos negativos. Bem menores do que os positivos, mas ver pessoas te julgando ou atacando sem ter fundamentos é difícil. Hoje aprendi a lidar. Também já recebi mensagens com conteúdo nível “50 tons de cinza” que tiveram que ser encaminhadas para minha advogada pela insistência e maluquice. Contudo a internet ainda é uma grande aliada.

Que conselhos daria para meninas e meninos dispostos a seguir seus passos? Tenho certeza que você é uma verdadeira heroína pra muita gente!

Que fofo! Me sinto honrada de ler isso. Como eu disse: um livro salvou a minha vida. Hoje se uma palavra de meus livros puder tocar a vida de uma pessoa já sinto que estou cumprindo a minha missão. A vida de escritor é difícil e é preciso aprender a lidar com os “nãos” que virão de todas as partes. Aconselho a estudar bem o mercado e ver se a pessoa está disposta a lidar com todas as partes positivas e também, principalmente, com as negativas.