Resenha de “O Inverno das Fadas” e “A Fada” pela Kênia Lopes

RESENHA DE “INVERNO DAS FADAS” E

“A FADA” DE CAROLINA MUNHÓZ

 

 

Primeira resenha de “O Inverno das Fadas” e também de “A Fada” pela blogueira Kênia Lopes.

Link original: http://kenialopes21.blogspot.com.br/2012/07/inverno-das-fadas-e-fada-de-carolina.html

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Meu post de hoje é sobre dois livros que li recentemente e que tratam do mesmo tema: fadas.

“A Fada (romance para todas as idades) e “O Inverno das Fadas” (um romance mais adulto) são obras da escritora Carolina Munhóz a qual descobri, em meio à inúmeros posts que acompanho do site “Nos Geeks”, um site com conteúdo variado, mas voltado para aqueles que se consideram nerds.

Carolina Munhóz é uma escritora brasileira interessante, digo isso pela atenção que dedica aos fãs. Tenho ela no meu Facebook e é bacana o interesse que demonstra, que me parece verdadeiro. Que ela continue assim.

Sua mais nova obra, “O Inverno das Fadas” foi lançado dia 10 de julho e nesse mesmo dia o exemplar chegou em minha casa. Comprei na pré-venda e fiquei super empolgada para iniciar minha leitura. O livro traz uma linguagem tão tranquila que terminei em três dias!
Mas vamos ao que interessa. A trama se passa na Inglaterra e no Reino das Fadas (Fairyland) nos dias atuais, e conta a história de Sophia Coldheart que é uma Leanan Sídhe, uma fada amante, considerada musa para humanos talentosos. Ela é capaz de seduzir e inspirar artistas a terem enorme sucesso, porém condenando-lhes a uma vida curta. A fada concede inspiração para o artista executar grandes obras, alimentando-se da emoção emanada por ele. Quando o artista atinge o tão sonhado sucesso, ele acaba morrendo, e na maioria das vezes, tirando a própria vida.

Na história, acompanhamos a relação entre Sophia e mais uma de sua vítimas, o escritor William. O que era pra ser mais um artista a se envolver com a fada a troco de energia para sua própria sobrevivência, acabou despertando um sentimento que ela não esperava.

Seria William o primeiro humano a mexer com os sentimentos da fada, a fazendo ir contra sua própria natureza? Há muito o que esperar desse romance.

O que posso acrescentar é que o livro é rico em descrição sobre fadas; A trama se passa na Inglaterra, em Keswick, Cumbria. Fiquei me deliciando com as descrições do local, da beleza de cidade pequena, como da nevasca que assolou o local;

O título de cada capítulo é um título de músicas internacionais variadas, mas com sua devida tradução.
A autora cita muitos escritores famosos durante o texto como Tolkien, Rowling, Martin e muito mais. Até Tim Burton ela citou, o que me chamou bastante a atenção.

As cenas de romance e sexo são descritos de uma forma muito bonita e inteligente, nada agressivo e vulgar; A personagem Melanie de “A Fada” faz uma aparição nesse livro, e só quem leu vai saber relacionar os personagens; Fora os inúmeros detalhes que fazem de “O Inverno das Fadas” um livro a ser apreciado.

Mas uma coisa é preciso ser dita: li uma nota sobre o livro no jornal O Globo que achei desnecessária: “É um tipo de literatura fantástica com muito sexo e muita morte.” É de assustar uma crítica dessas, e o livro não tem esse peso todo. Afinal, trata-se de fadas, romance, mas com todo seu contexto cultural.

Enfim, me agradou e indico a todos os amigos que apreciam livros que combinam conhecimento com entretenimento.

Já o livro “A Fada”, lançado em 2009, é retratado na Inglaterra, na cidade de Londres e conta a história de Melanie das Fadas, uma menina tímida, de poucos amigos, que vê sua vida mudar em seu aniversário de 18 anos. Seus pais prepararam uma festa surpresa, composta por eles e um casal de amigos, Vincento e Olinda, donos de um pub da cidade. Depois da festa, Mel segue para seu quarto e de forma estranha, sente uma dor descomunal na lombar, como se estivesse sendo tatuada, e ao mesmo tempo, um grito aterrorizante vindo do quarto dos pais. Descobre que ganhou uma tatuagem de fada na cintura e o falecimento do pai. Além disso, descobre ser de uma família de fadas, na verdade, da realeza de Fairyland.

Descobre que seu pai era rei e que ao perceber doente e com pouco tempo de vida, decidiu vir à Terra e conhecer a mulher que então seria a mãe de sua herdeira. Ele encontra, se apaixona por ela, mas a mulher não conseguia engravidar. Ele então decide pedir ajuda à sociedade Wicca. Mel nasceu saudável, porém fada!

Com a perda de seu pai, a fada vê sua mãe a abandonar para governar Fairyland, enquanto Mel ainda não está pronta, pois segundo seus pais, a fada tem uma missão na Terra e precisa primeiro concretizá-la para enfim seguir para o Reino das Fadas.

Enquanto fada, Mel se depara com dons como magia e visões do futuro, o que auxilia na execução de sua missão. Durante esse processo, ela conhece dois personagens cruciais na história: Patrick, um menino desenhista, e Arthur Wales, um bruxo que em seu primeiro contato com a moça, a atropela sem querer, mas depois a ajuda em sua busca por auto conhecimento.

Melanie e Arthur começam a se envolver romanticamente em uma relação super bonita, mas nada fácil, já que ambos possuem mágoas com as quais lidar e que são reveladas ao longo da trama. Tudo parece bem até que Melanie tem mais uma visão e descobre que seu destino não era bem o que esperava.

Leitura leve e com uma mensagem bonita, relacionada ao que realmente devemos dar valor, e foi o que me encantou. Além dos detalhes sobre Londres, que uma apaixonada como eu não deixou de se encantar.

Recomendo os dois livros de Carolina Munhóz e digo mais: são leituras nacionais sobre temas sobrenaturais que não podemos deixar de conferir, afinal, temos ótimos escritores brasileiros e não damos o devido valor à eles.