Entrevista no blog Vida de Leitora

Dei uma entrevista para o blog Vida de Escritora. Querem ler? Vamos lá comentar!

Link original:

http://vidadaleitora.blogspot.com.br/2012/08/nova-parceria-entrevista-autora.html

 

Entrevista:

Vida de Leitora: Muitas coisas podem inspirar um escritor. Qual foi sua maior inspiração para escrever seu primeiro livro? Amigos, alguma viagem, algum livro…

Carolina Munhóz: Um sonho quando eu tinha 16 anos. Estava passando por uma fase difícil e em uma noite em que chorava e pedia para tudo melhorar, tive um sonho com uma fada linda. Toda a história do livro me veio naquela noite e no dia seguinte comecei a escrever. No terceiro capítulo percebi que estava criando um livro, então esse sonho e minha fé foram as principais inspirações.

V.D.L: Segundo a revista Época, você é candidata a seguir os passos de Cassandra Clare. Como se sente sobre isso? Você conhece o trabalho da autora, acha que seu estilo de escrita lembra algo dela?

C. M: Fiquei muito feliz com a matéria. Tenho um grande respeito pela escritora Cassandra Clare e sei o quanto ela é querida. Acompanho sua carreira desde a época de suas fanfics. Eu mesma comecei minha carreira assim, pois aos 12 anos escrevi a fanfics e songfics de Harry Potter. Fui comparada a Adornetto e a Clare porque fomos publicadas muito jovens e de alguma forma nos destacamos. Elas duas conquistaram espaço no New York Times Bestseller List. Eu mesmo em editora pequena estava saindo em alguns grandes veículos. A Revista Época quis dizer que tenho chance de seguir esses passos.

Eu já li Cidade de Ossos e estou lendo Halo. Gosto do estilo de escrita da Cassandra Clare e me identifico. Ela também usa assuntos pesados em seus textos. Acho que nisso somos parecidas, mas não na escrita propriamente dita.

V.D.L: Sabemos que escritores nacionais encontram muitas dificuldades para escrever. Qual foi o maior obstáculo que você encontrou como escritora? O que você fez para resolvê-lo?

C.M: Meu maior obstáculo foi ser publicada. Demorou quatro anos para que eu conseguisse ser publicada por uma editora pequena. Depois fiquei dois anos fazendo minha própria assessoria de imprensa para sair na mídia e conseguir uma boa clipagem. Só com isso consegui uma grande editora. Hoje são oito anos de carreira.

Um bom tempo que foi necessário. O importante é que não desisti dessa luta e sempre aconselho os jovens escritores a também não desistirem. São poucas as vagas, infelizmente, mas elas existem.

V.D.L: Você viajou por muitas partes do mundo. De que forma isso contribuiu para sua escrita?

C.M: Sempre fui muito aventureira. Amo viajar e me sinto livre toda vez que faço. Quando coloco um país na minha cabeça, trabalho bastante para juntar o dinheiro necessário e embarco o mais rápido possível. Nessas viagens aprendi muito sobre a vida e sobre outras culturas. Estive na Inglaterra duas vezes e isso com certeza me ajudou na criação de “A Fada” e de “O Inverno das Fadas”. Sem contar que nas viagens acabo aprendendo mais sobre o mercado exterior e conhecendo outros escritores.

V.D.L: Que cinco dicas você daria para os escritores que estão começando agora?

– Leia MUITO. Isso é essencial. É importante para sua formação como escritor e para sua noção de mercado.

– Escreva todos os dias, mesmo que não seja exatamente um livro. É importante treinar a criação de frases e diálogos. Um simples e-mail é uma forma de exercício. Escrever é uma profissão e como todas as outras é preciso praticar todos os dias.

– Aproveite as redes sociais, mas use com bom senso. Hoje é muito fácil acompanhar a vida de escritores que admirados e assim podemos aprender com eles. É também importante para um escritor estar em todas as redes sociais e ativo nelas. Só que é necessário tratar isso como parte do seu trabalho e escolher bem os posts. Causar intrigas, criticar muito e falar coisas pessoais demais ou constrangedores, não ajuda a carreira literária. Um futuro leitor ou editor pode estar lendo.

– Aprenda a lidar com seu ego. Essa é uma carreira composta de “nãos”. Acostume-se. Você vai ouvir muitas coisas negativas do mercado e de alguns leitores. Um escritor precisa se acostumar com esse tipo de resposta ou com atitudes negativas, pois a carreira exige isso.

– Crie um plano maluco! Não existe fórmula mágica para o sucesso. Cada escritor tem uma história diferente de vida e de mercado. Se você parar para ouvir, quase todas são malucas e tinham tudo para dar errado. Crie sua própria e tente batalhar com todas as suas forças.